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Ondas

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Ondas É novo  O toque O abraço  O beijinho  Pequenos vestígios no caminho  Cartas de paixão  Escritas ao dedo do coração  Reação  Sem fração  Meu peito é novo E ausente  Sua atitude Imatura e inconsequente  Jamais ouvira  Jamais sentira Então desconhece amar Mas eu tenho amor Eu só, Não sei amar Texto: Laércia Rodrigues Raposo Imagem:  Pinterest   

Espero

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Espero Guardei os nossos laços Bem no fundo deste meu pote de papel Que a chuva não há-de molhar Nem o vento há-de levar Nem há-de ver o sol A cor do nosso nó Guardei os teus agrados Os teus cheiros e os teus fados E aquela linda flor Todos dias a rego óh meu amor Guardei toda a receita de poesia Que na manhã fria Tua boca escrevia Sem hora nem tempo Guardei o tempo Que há-de levar a tua volta No calendário das minhas recordações! Texto: Laércia Rodrigues Raposo  

Tudo some

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Tudo some Não é o pão que me vai tirar a fome Mas o sentimento que carregas Quando das-me e dizes va-lá, come Não sei quem és, Não sei o teu nome O conforto que dás a este coração sozinho Toda a dor e toda a mácula some! Laércia Rodrigues Raposo

Ó bonito

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Ó bonito Pensas que não vejo? Os teus dentes desmurados Que rasgam os teus lábios E trazem-te cá pra fora?  São as tuas 32 fases da lua Que iluminam a minha calçada Incendeiam a minha rua E musicam a minha noite calada É o silêncio destas curvas Que chirlea os acordes vitoriosos Que as trombetas hoje, já não soam Ó sorriso bonito Ó mas como és bonito e vaidoso Que quase tropeço neste chão raivoso Que não me deixa apreciar-te! Texto: Laércia Rodrigues Raposo Fotografia: Laércia Rodrigues Raposo

Sem rimar

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Sem rimar  Amor? São os químicos cerebrais Que dominam as necessidades pessoais Não é fogo que arde sem se ver Mas o fogo que queima e faz sofrer Se dói e queima, Asfixia os sentimentos, Mas o coração sara Porque é isto que ele faz Ele sara toda a cicatriz a que o cérebro se prende Porque o coração bombeia cura A dopamina que vai infectar o cérebro E acordá-lo para a realidade Porque o coração é coração de verdade O coração bombeia cura! Texto: Laércia Rodrigues Raposo  Fotografia: @ Jamba_Uy

A fruta da época

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A fruta da época  Estava a avó Marina, sentada na sombra da sua Mafureira, a sentir a brisa de Novembro na sua esteira já velhinha. Aproximou-se dela a sua neta mais nova, Mainha, trazia nas suas mãos sal e manga verde, com muita alegria e gula carregava a fruta da época desejosa de a desfrutar. Chegou junto da sua avó, sentou-se na esteira e cruzou os pés, raspou um canto da sua manga verde no sal que trazia consigo e deu uma dentada, enquanto triturava com os seus dentes de leite e deliciava-se do sabor azedo e salgado que passava pela sua língua, a avó Marina olhou para o rosto da sua neta que parecia estar a deliciar-se da manga verde e logo lembrou-se da sua infância e da época em que seus dentes ainda eram completos e podia também comer uma manga verde, o sentimento de nostalgia era tanto que a avó Marina espontaneamente passou sua língua pela sua gengiva desdentada que fazia-lhe desejar ainda mais aquela manga verde. Observou Mainha a língua que passava a sua classe pela ge

Nesta noite de luar

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Nesta noite de luar  Caluda tu noite Noite que chora comigo a sua tristeza Jorra noite, jorra As tuas lágrimas de pureza Noite que esconde o meu crime Algeme às minhas lembranças Para que nunca se soltem E vaguêm pela mente que as reprime Noite que rega a minha imaginação Dê de comer ao meu príncipe Que está faminto de proteção Senta-te no meu jardim Respira a pureza do meu ar Deixa que as folhas do meu jardim Te enxuguem o lagrimar Conta-me às confissões que te pesam Para que este fardo te ajude a carregar Vou limpar-te às lágrimas Óh noite, nesta noite de luar! Texto: Laércia Rodrigues Raposo   Fotografia: Carlos Manhique